quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

AMOR


Você ainda acredita no amor, vil criatura?
Sentimento perdido no giro da ampulheta do tempo
Individualização, amando-se o próprio ego, amor de breves momentos
Seu único prazer, chega logo e se vai assim, como uma breve punheta.

Ele custou sua inocência,
Te levou a breves momentos de demência. Porco idiota!
Não há ninguém para chorar por você
A dor de ser rejeitado não some
Sua face não quer ver outro dia
Melancolia em seus olhos e o gosto de aguardente na alma.

Acorde vil criatura!
Amor, é apenas um compartilhamento de egoísmos
Saia canalha! Fuja do seu ideal de amor
Viva outro dia, deixa toda dor ao seu redor desaparecer
E, quando amar outra vez, ame a si mesmo primeiro.

IMORTAL


Aos 66 anos seus olhos contemplam o fim inevitável
Toda vida como um flash rasga sua retina
As Pálpebras não seguram mais o tempo
Seus olhos fecham. Sente paz por ter vivido, e por não mais viver

Acorda de repente, sem céu, sem inferno
Mas, com a vida, essa mesma que a tempos viveu
Aflito, não compreende, sente que já viveu, mas não há lembranças

O tempo corre, todos erros, acertos, sucessos e fracassos voltam a acontecer
Tudo outra vez; Cíclico.
Este tempo é uma serpente correndo atrás do próprio rabo

Certa angústia o consome, é um presente ou um fardo?
Viver tudo infinitas vezes. Como é possível? e se for possível?
A vida deve ser vivida em toda sua plenitude
Satisfações e regozijos, tudo ao máximo.

Quando acordar tenha prazer de ser
Para ter prazer de ser, deve-se viver
E para viver, conheça você mesmo, para não se arrepender do seu vir a ser.