domingo, 27 de agosto de 2017

ESCOLHA


Mundo de iminente decadência
Trovões atravessam a aurora como galopantes fantasmas
A luz rasga a paisagem nebulosa, dos Deuses você sente a ausência
Sangue ralo corrente repleto de glóbulos e plasma

Sangue este que se acumula no solo fértil, mãe suprema da existência
De joelhos, agonizando suplica ao nada por uma diretriz
Os olhos cerrando, nada ouve, apenas o toque silencioso do vento
Condena a vida, e por não viver considera a mesma uma meretriz

O corpo definha, monte de tripa, ossos, decepções e ante teísmos
Deus não era seu copo cheio de vodca, seu amor ou seus sórdidos prazeres
Ele era você mesmo mas, foi tarde enxergar tudo em meio aos seus achismos
Dói não é seu puto!? Perceber que Deus não é aquele super-herói com poderes

Antes de morrer, ache Deus em você, pedaço único de um todo
Não somos nada! Mas, sejamos um nada consciente de si
Nossa mente repousa todas as respostas possíveis para esta vida
O mundo persiste sem você, mas sem o todo você se reduz ao nada

Reflita! Morra por dentro quantas vezes for necessário
As cinzas de ontem adubam o amanhã
Viva cada momento como se fosse eterno; O peso da vida não cabe em uma balança
E aí!? O peso da vida ou a leveza de existir? ESCOLHA!