sábado, 3 de agosto de 2019

TUDO É, ENTRETANTO TUDO FAZ


Um dia esperava por algo
Eu olhei para as estrelas sozinho
Direto no peito a verdade veio
Apenas um estranho no ninho

Eles falaram que aqui um homem jaz
Mas, tudo é, e tudo tanto faz
A misericórdia dos estranhos
Uma vida de luta sem ganho

Uma vida vazia sem singularidade
Por que vivo uma alma morta
Esperando uma falsa identidade na próxima porta

Nos portões dos anjos, sou infame
Querem me mandar para o limbo
Mas, vi o mais podre humano e o mais lindo

Sou a púrpura que se esvai
O vento me conduz em acordes
A sinfonia mórbida
De um ser que apenas decai...

Suicídio em versos
Não há mais regressos
É meu último manifesto.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

24 HORAS


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Uma borboleta vive 24 horas
24 horas para viver ou morrer
Abraçado ao seu inferno
Ou amando a singularidade do sofrer

Me dê sua mão, vamos buscar...
NÃO! não me prometa o que não posso encontrar
Tudo muda, mais ainda, o padrão é sofrer
Tudo do mesmo jeito, não posso me enganar

Ninguém assume a maldita culpa
Nem eu mesmo, todo escape é um volta ao recomeço
E eu aqui em meio a bebidas e devaneios
Amo o fim; Deus me faça recomeços!

Fé até na morte
Sem moedas como Judas Escariotes
Uma facada no peito, encarando a morte
O justo não troca a dignidade por um punhado de moedas no pote!