sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

TIC TAC!


Sombras negras de um amanhã incerto
Olhos rasos, vazios, falso ser intrépido
Em sua mente preferiria a fria companhia da morte
Mas seu medo de viver e morrer, faz da vida uma roleta da sorte

Um cigarro e um copo, queimando e tragando a existência
A liberdade se esvai no dançar lento do relógio
TIC TAC ! Estará meu peito no ritmo do ócio?
Sístole e Diástole no passo da minha decadência

Toca Heavy Metal, tudo escuta, menos a si
Vodca, Agonia e necessidade de ir
Lugar de pouca treva e muita luz... sua mente!
Deus rolou os dados e do fim você é ciente!

sábado, 19 de novembro de 2016

QUANDO CRESCER


Quando crescer não vou beber
Quando crescer vou fazer o que quiser fazer
Quando crescer não deixarei o mundo mandar em mim
Quando crescer ainda vou rir com as jasmins

Quando crescer não vou ter mal relacionamentos
Quando crescer conhecerei alguém e viverei sem arrependimentos
Quando crescer vou fazer o que gosto
Quando crescer Deus me livrará do ócio

Quando crescer viverei uma vida plena
Quando crescer ficarei sossegado sob uma sombra amena
Quando crescer terei orgulho de mim e não pena
AH! Quando crescer !!!

Quando crescer não farei nada pela metade
Quando crescer ser procrastinado não será minha ID
Quando crescer meus sonhos irão transar com a realidade
AH! Quando crescer eles irão ver do que posso fazer...

AH! Mas cresci e não há nada que se possa fazer
Espero o amanhã acontecer e ser
Puta que pariu, como, para mim mesmo menti!
Nessa cruel realidade o 'eu' passa a se desfazer...

Quando cresci virei a sombra do desejo
A realidade surda não ouve minha súplica
Cresci e conheci a face do desespero
No fim, arrependo de tudo e a morte me cobre com sua túnica!

domingo, 4 de setembro de 2016

SILENCIOSA LUCIDEZ


Realidade de incautos e soberbos
Mundo pós-apocalíptico findando sob os ermos do medo
Individual, antissocial, falha estrutural
Não mais pesa sob seus ombros o bem e o mal

Não beija mais ninguém, abaixo de um pé de amora
Relações dissolúveis, muito diferente de outrora
Morte lenta, vida lenta, o vento não ouve mais seus suspiros
Esta aí, monte de bosta, mudo, surdo e o mundo ainda no giro

Quase meia noite, a escuridão e as trevas te abraçam
Deus e o Diabo se beijam loucamente em sua mente
Julgamentos sob suspeita, o mundo, eles não mais te agradam
Os profetas ditaram a vida dos tolos, hoje é tudo uma realidade de inconsequentes

Amanha nessa mesa irei chorar, mas não haverá ouvidos
Os portões do destino estão lacrados, jogaram a chave no futuro
Pobres infelizes e malditas existências; da vida só se ouve zumbidos
Decomponha-se realidade... na silenciosa lucidez agora durmo...

sábado, 30 de julho de 2016

CAIXA DE PANDORA


Agonia e desespero dilaceram o espírito
A vida se desconstruindo a cada decisão
Quando digo que está bem, por Deus ... minto!
Um caminho perpetuado por muitos "sim" e quase nenhum "não"

Apenas pensamentos sob um pedestal de carne
Maldita existência circundada pela ilusão
No seu quarto há metamorfose e dali uma barata nasce
Do seu inferno pessoal, erguem-se céus e tu maldito prostrado no chão

Sem amigos na miséria eterno parece o sofrer
Louco pela vida mas, ébrio de carregados pensamentos
Ronda fora de si sem antes a ti mesmo conhecer
E foge... por que sabe que em você há inúmeros tormentos

Espera por alguém, para se abrir, não importa o dia ou a hora
No peito há uma caixa de pandora
Que se abre e revelam-se inúmeras desgraças pessoais
Mas sobra a esperança de que um dia tudo será diferente

domingo, 12 de junho de 2016

HEY JOW!


O coração pulsa, o peito aperta
Teu sangue se une a terra
Fruto és tu dos contantes comentadores
Mundo imundo de seres atormentados e diabos atormentadores

O sol queima sua face desfacelada
Cada manhã levanta-te da cama desgraçada
E com a hipocrisia de um idiota abraça o dia e sua chaga
Pobre maldito, vive o sujo mundo sem ninguém à sua guarda

A solitude caminha tal como sua sombra
O caminho pra lugar algum, o destino é apenas o horizonte
Todos à sua volta e você só na sua "lombra"
Sai da caverna, pede bença a mãe e segue distoante

Acorda morto, o alvorecer segue e você está no purgatório
Almas gêmeas, almas malditas, um dia a mais para chorar
Na escuridão todo saber se rende ao confinamento da solidão
Vá orar, reza a Deus e aos Deuses, nada salva apesar do oratório

Hey Jow! aonde vai com essa arma aí na mão?
Por fim aos demônios e a diabólica solidão?
Esqueça! Ame a maldita vida por que alguém se importa
Na tapeçaria do destino sua morte é a última costura!