terça-feira, 21 de maio de 2013

Mil Facetas de "Um"

Falsas aparências, mil facetas de 'um'
Face para o ambiente familiar
Face diferente para o trabalho suportar
Face utilizada para na realidade se encaixar
Face que se molde à sua ideia de amar
Face de santo para sua alma sacra se mostrar
Face demoníaca para da sua ira se libertar
Face bondosa para seu altruísmo se revelar
Face egocêntrica para apenas ao amor próprio dedicar

Algumas pessoas são todos em um
Outros, 'um' em todos
Mil facetas de 'um', ou 'um' de mil facetas?

Seremos para sempre nós, ou viveremos apenas a parte conveniente?
Não viva com mil facetas, não crie face conveniente para realidade,
Seja você todos os dias, seus princípios, seja sua vontade!

Quem tenta ser todos não é ninguém
Quem de mil facetas vive, mil vezes morrerá sem saber quem ou o que é!

A Escultura Surreal Chamada "EU"

Caminhando sobre os jardins secretos da sua alma,
Vê que muitas relações são como as plantas desse mundo interno
Florescem de forma magnífica e até inexplicável
Mas, desaparecem tão rápido quanto apareceram

Então toda aquela paisagem fantástica se dissolve,
Só consegue ver a apatia que tudo se tornou
Mais uma vez, a vontade e esperança de que seria compreendido se incendeia,
Tudo  a volta fica imerso em chamas da desilusão

Internamente queima como um maldito,
Mas não pode se refugiar para sempre nem fugir  de tudo
Só ele mesmo tem a chave para sua felicidade
Escuridão, raiva e dor
O que é a vida senão equilíbrio entre a sobriedade e o torpor?

Abre os olhos e precisa de refazer e recompor,
Não mais com os mesmos sentimentos internos,
Estes já não ardem mais, putrefará.
Então percebe que a realidade existe e sempre existirá
Logo só resta se reinventar e para o novo terá de caminhar.
Pois o passado não pode ser o freio do futuro

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O Sonho Petrificado de Ser Você

Com o tempo os sonhos petrificam
Viram só enfeites na sala do subconsciente
Esculturas belas ocupando uma paisagem mórbida
Do existir sem propósito

Sente uma vida estraçalhada
Perde em si procurando um sentido
Sua janela existencial só dá vazão para um horizonte indecifrável
Para onde ir? o que fazer? qual "eu" me tornei?

Precisa seguir em frente
Novos passados para existir a partir de novos presentes
Logo, recolhe todo resto de material onírico que restou.
Se refazer a partir de velhos sonhos,
Tornar-se criança, a roda que gira por si mesma.
Um recomeço, e não ser aquilo que abominava: "Ser todos, menos você!"