terça-feira, 29 de julho de 2014

SOM DO SILÊNCIO

O som do silêncio, o bater de um solitário coração
Rodeado de amor e ainda sim fechado com medo desse sentimento
Medo de que alguém dilacere o único órgão que ainda guarda juízo

Seus pensamentos estão corrompidos pela dúvida
Sua racionalidade trouxe uma realidade aterradora
Seu fígado está destroçado
A Velha bebida amiga, era sua psicóloga e amante

O som do silêncio, o batido agudo que ressoa até a garganta
Quer sair, mas não vai, ele guarda o meu juízo
Ele guarda meu medo, ele me protege de dores enviadas pelas malditas sinapses

Mas os ventos sopram mudanças, o passar das estações, o passar da vida
Finalmente percebe que deve libertar esse solitário coração
Caminhando só e somente só, a noite brilhante e gloriosa lhe dá um vislumbre
Não estava se protegendo de ninguém além de si mesmo
Fecha os olhos sabendo que está pronto para se tornar livre novamente

Quando se libertar é porque está pronto
Talvez, um dia, um lugar
O som do silêncio, a batida aguda e solitária
Sejam nada mais que pulsos radiantes
Cada batida uma fração do tempo que viveu.

ACASOS

A tranquilidade da vida está na simplicidade
A serenidade advém da paz que deve achar em si mesmo.
A vida pode ser um emaranhado de acasos,
Mas no fim não dá pra ignorar,
Somos nós em nossas ações
Que fazemos dos acasos determinações