sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Uma Alma que Sangra

O que restou dentro do seu "Ser"
Ele já não se lembra mais
De como costumava se parecer

Angústias circundam sua existência
tais sentimentos ele quer se desvencilhar
não há sequer uma gota de sangue
mas por dentro sua alma começa a sangrar

Lágrimas percorrem seu rosto inexpressivo
Ele começa a não sentir mais dor
Sua vida se torna mais escura que uma noite sem luar
Nesse teatro macabro da vida tudo parece em vão
Um conjunto de acontecimentos regidos pela sinfonia da destruição

Toma mais um trago antes do alvorecer
Ele se tornou seu próprio fardo
No fim se liberta como covarde
Não é mais seu próprio fardo mas,
aos próximos entregou um pior e mais pesado...
O Sofrimento.

sábado, 6 de outubro de 2012

A Força Anárquica do Acaso


muitos vivem sob a égide da força anárquica do acaso
lamentam a vida e seus paradigmas
imputando-lhe sua derrota e seu fracasso.

Mas quem regressa não realizado?
Somente você! Porque oportunidades a vida tem te dado.
Mas não as digere, apenas engole e defeca
Típico da pessoa que não é nada além do que a própria merda!

Verdade Virgem


"Suas idéias te consomem pouco a pouco
Não será tudo isso devaneios de um homem louco?
Você busca resposta onde a vida colocou um cinto de castidade
Não tem como descobrir nada sem dela tirar um pouco da sua ‘dignidade’"

O Ser e seus "egos"


Vida, sinônimo de realização e prazeres futuros
Mas em época de decadência do ser, ela tem sentido ?
Viver agora tem esse sentido de obrigação,
O ‘ser’ se torna uma auto-negação da vontade
Viver se transforma em um sinuoso labirinto
Onde o ‘eu’ só se pode ver por curtos furos na parede da existência

Ebulição interna, fúria que não corresponde ao seu belo estilo de vida
Infinitas possibilidades, vontades engolidas pelo velho monstro,
O leviatã tenta construir um projeto de alguém, mas você escapa desta sina fudida

Você engole seu ego, uma fase; o pensamento te leva ao super ego
Você se encolhe e por fim se amedronta e abraça o alter ego
Tenta fugir do seu ‘eu’, em vão por quê sempre retorna ao seu receptáculo infernal.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sinuoso Labirinto do Existir


Sob a lua meus pensamentos alcançam o infinito
aos olhos do próximo nos vemos em nossa finitude
tudo se converge em um sinuoso labirinto
ficamos perdidos neste mundo que a cada dia se ergue sob falsas virtudes

Busco em todo lugar algo para fugir desse desânimo
mas nada mais parece afugentar meus demônios
há em cada esquina um carniceiro do sofrimento humano
querendo um pedaço da sua alma com promessas vazias de um novo mundo mundano

Então travo uma colossal batalha interior onde sobrevivo
criando para cada fase da vida inúmeros objetivos
dando sentido e nome àqueles demônios
que nos enganam com o fruto dos objetivos fazendo-nos procurar mais quando ainda vivos
este ciclo não terá fim mas, apenas começos sucessivos.

JANELA DA ALMA


Os olhos são a janela da alma humana, uma velha máxima que tem em seu âmago uma verdade de certa forma incontestável, e qual seria essa tal verdade? Ela reside no fato de como somos humanos movidos pelas paixões que orientam nossa existência a fim de, em determinado ponto traduzir o objetivo maior da vivência terrena. Deixamos que o próximo atravesse essa janela da alma completando cada cômodo do seu receptáculo espiritual a fim de auxiliar em sua busca pelo sentido de muitas coisas, qual seja elas sucesso, dinheiro, felicidade, amor etc. 

Contudo, seus olhos não estão abertos só para as partes magníficas e benevolentes do próximo. Por óbvio que em um mundo onde impera o balanço dos opostos e a lógica dialética certamente o ‘ser’ esta sujeito às intenções dos que tentam impedi-lo infiltrando em sua alma e destruindo-o com sua negatividade. Todavia, estas forças não possuem poder destrutivo, mas também criativo, pois aquilo que não te destrói te fortalece. Um exemplo claro é quando se tem uma decepção amorosa, onde o companheiro(a) atravessa essa janela da alma, aquece a lareira do coração mantendo aquecido sua alma, mas muitas vezes sai de maneira que essa chama que te aquecia consome o todo restando cinzas de um passado em que, se o coração tivesse cor no momento seria um tom de cinza. Mas, quando não se sucumbe, o indivíduo apenas segue em frente com tudo que foi positivo e utiliza a parte negativa para não enfrentar mais os mesmos problemas. 

Enfim, o outro é sempre parte integrante do ser humano, nos outros enxergamos nossa finitude e nele nos completamos. Encontros e desencontros podem ter um ‘que’ de acaso mas são frutos de infinitas escolhas e renúncias que te levaram à aquele determinado momento da vida, fechar os olhos pra vida é fazer daquela antiga bela 'casa' com janelas belas em um casebre abandonado onde pelas janelas só se vê escuridão e solidão.