sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DESOSSADO


Talvez estou louco ou somente abstinente
Sinto-me fora do lugar, diferente, não deprimente.
Melancólico! Frustrações trepam com meus desejos alcoólicos.
Parida está a realidade imutável, com anseios de um ser bucólico.

Inexisto sem sonhos, e agora? Qual nome darei aos demônios?
Medo? Angústia? Raiva? Dor? Não! Eles sempre existem com ou sem mentor.
Pela cidade consciências se esbarram sem nunca saber o que ali residia
Um bêbado? Um vagabundo? Uma puta? Um suicida? Apenas pessoas em sintonia

Olhos não atravessam o espírito, palavras apenas pistas da personalidade
O que sou ainda? Um paradigma? Uma estatística? Estou sem rótulo apesar da mocidade
Mentira! Apenas um ser comum, sem grandes sonhos “rumando” pra lugar nenhum
É crepúsculo, em Dostoiévski, apenas vivendo o sonho de um homem ridículo!