domingo, 30 de junho de 2013

Vida Vadia

Vida, ah doce vida!
Venha com toda força
Se abra com todas suas possibilidades
Vou fodê-la, sim sua vida vadia
Você é uma puta, mas não pagarei o preço por regaça-la!

Sua doce gentileza embriaga os sentidos
Sou seu cigarro que a cada decisão tragada vira cinzas
Sim vida vadia, sou o gole ardente de Whisky
Passo por você repentinamente e te deixo com gosto do vício.

Sim vida vadia, um dia deixarei o calor de suas pernas
Não pagarei e não voltarei
Com você tive momentos de rei
Agora te deixo para posteridade
Saio, volto a pertencer à escuridão
E você vida vadia, fique e dê prazer aos muitos que virão!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Existir de um Natimorto

Divagando pelas ruas, busca isolamento
As ruas estão povoadas de vazio
Contempla a cinzenta paisagem,
É um ponto insignificante em uma realidade inebriante

Um ser podre onde pairam nuvens negras
Moscas zombeteiam sua carcaça inanimada
Eviscerado, no chão jaz todo seu interior pútrido
Vai se desfazendo, mas nunca perdendo consciência de si

Quando o último fio desintegra, acorda,
Suor frio, ofegante e ainda existindo.
Sem grandes sonhos, sem grandes metas
Não quer seguir a cartilha do "Como Viver"
Quer apenas a vadia solidão, e a possui...
Só e somente só. Um estouro, Mais um merda descendo em espiral
Se perdendo no seu fétido esgoto existencial.

Quem se importa? Alguém sabe sua identidade?
Sabem que teve um rosto?
O que se foi não viveu, só existiu.
Passou despercebido. E assim foi a existência de um natimorto!