domingo, 22 de outubro de 2017

ASSASSINOS DO "IMUNDO"


Estamos na primavera, mas soa como outono
Eu deveria ser homem, e sou, mas ainda respiro como menino
As folhas desabrocham timidamente ante a seca histórica
E aquele homem sofre como criança ao ver tudo simplesmente indo
É inutil a previsão do tempo, o tempo, substantivo do nada

Entre meus dedos corre o abstrato, o inteiro e o pedaço
Seria fácil seguir em frente, mas frente ao nada voce recua
Na tv o mundo deteriora, você ri de absurdos; não há mais laços
Somos humanos e como pedras estamos inertes quanto a natureza
E sem testemunhas o declínio é claro, assassinos do mundo!